Quando o silêncio é o que sobra...
Quando o silêncio é o que preenche o tempo...
Quando é só o silêncio...
Talvez seja ele que motive o meu calar, parar de questionar,
reclamar e quem sabe o lamentar.
Ao primeiro encontro vem um alívio, mas depois um incomodo, e ai, o desespero da solidão, do barulho silencioso que aqui
dentro se faz.
Noites mais longas, vazios profundos, caminhos confusos.
Silêncio...
Não adianta, é só isso que resta, não há um ruído, nenhuma
vibração.
E então, no mais silencioso grito da alma, uma presença discreta
que acalma, que traz paz é sentida!
E o se entregar é inevitável, pois é irresistível e seguro!
Você sabe quem é, quem ali está! As dúvidas se vão, os
medos desaparecem e a solidão se dissipa.
Algo inexplicável acontece, pois é o encontro com o seu
Senhor, o perdido foi achado. A luz chegou para dar um fim a escuridão do
coração!
Porque foi naquele grito: Jesus, filho de Davi, tem
misericórdia de mim... que Ele escutou e perguntou: O que queres que te faça?
Quero ver! E a luz chegou! (Lucas 18.38-43).
O silêncio é interrompido por uma alegria bem escutada e uma
sensação de que a vida tem muito mais.
O encontro restaurador que define quem eu sou e para quem
vivo. Um chamado renovado que sim espera a ordem do mestre.
Quanto benefício há no silencio da alma diante de um Deus
que ama.
Porque está abatida ó minha alma? Porque te perturbas dentro
em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, Deus meu e Rei meu! (Salmos 42:11)
Leonel Cunha