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domingo, 16 de novembro de 2014

Benefício silencioso

Quando o silêncio é o que sobra...
Quando o silêncio é o que preenche o tempo...
Quando é só o silêncio...
Talvez seja ele que motive o meu calar, parar de questionar, reclamar e quem sabe o lamentar.
Ao primeiro encontro vem um alívio, mas depois um incomodo, e ai, o desespero da solidão, do barulho silencioso que aqui dentro se faz.
Noites mais longas, vazios profundos, caminhos confusos. Silêncio...
Não adianta, é só isso que resta, não há um ruído, nenhuma vibração.
E então, no mais silencioso grito da alma, uma presença discreta que acalma, que traz paz é sentida!
E o se entregar é inevitável, pois é irresistível e seguro!
Você sabe quem é, quem ali está! As dúvidas se vão, os medos desaparecem e a solidão se dissipa.
Algo inexplicável acontece, pois é o encontro com o seu Senhor, o perdido foi achado. A luz chegou para dar um fim a escuridão do coração!
Porque foi naquele grito: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim... que Ele escutou e perguntou: O que queres que te faça? Quero ver! E a luz chegou! (Lucas 18.38-43).
O silêncio é interrompido por uma alegria bem escutada e uma sensação de que a vida tem muito mais.
O encontro restaurador que define quem eu sou e para quem vivo. Um chamado renovado que sim espera a ordem do mestre.
Quanto benefício há no silencio da alma diante de um Deus que ama.
Porque está abatida ó minha alma? Porque te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, Deus meu e Rei meu! (Salmos 42:11)



Leonel Cunha


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Paz


Uma das coisas que sempre tento ter é isso: PAZ! Mas vejo que tem muitas guerras dentro de nós, algumas que desconhecemos e outras que ja nos acostumamos com elas. Sempre depois das guerras vem as perdas, as feridas, as dores e tudo que uma guerra traz.

Hoje decidi ler alguns dos versículos da carta que eu mais li na minha vida que é Tiago! No capitulo 4 versículos 1 e 2 diz:

“De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês?

Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem”.

Que droga! Se procurarmos as verdadeiras razões de nossas guerras, elas sempre serão internas. O que percebo que sou uma pessoa preparado pra guerra, mas que tenta viver em paz.  Não quero perder, não quero ficar sem, não quero ficar pra traz, e assim guerreio. Mas paz é muito mais do que perder, não ter, ou seja lá o que te faz guerrear. Paz é um verdadeiro sentimento de satisfação e confiança que Deus dá. Que Deus desarme as bombas que há em mim e em você. E não apenas isso, mas que Ele retire as armadilhas que colocamos para os nossos “inimigos”, que são muitas vezes os amigos que temos!

No versículo 6 também diz: "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes".

Mas um dia em que isso pode se tornar verdade pra nós!
Graça aos humildes Ele traz para a cada dia tentarmos viver em Paz!

Leonel Cunha

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cansei dos Cansados!

Li essa manha no blog do Sandro Baggio e resolvi postar aqui! Talvez você se identifique!

Cansei!
Não agüento mais ler textos do tipo “a igreja não presta”, “Deixei a igreja para ser cristão”, “a religião é uma porcaria”, “depois que abandonei a igreja é que entendi o que é ser cristão”, etc…
Não! Não falo daqueles que, ao criticarem a religiosidade (e não a religião) e o institucionalismo (e não a instituição), nos desafiam a, em comunidade, buscarmos um meio de “oxigenarmos” algo que parece estar empoeirado e sem vida.
Os que criticam, mas permanecem DENTRO, lutando para que o monstro perca a viscosidade e o lodo que assim lhe fizeram e que se volte ao “primeiro amor”, ou à missão integral… estes têm meu respeito e admiração. Faço coro com eles.
Mas cansei daqueles que falam por falar… que entraram na moda (sim, porque agora é moda) de detonarem a instituição por nada! Gente que não tem compromisso com um grupo local e que, através deste, quer mudar o quadro triste em que nos encontramos não tem meu tempo, que já é escasso, para seus exercícios de “francos-atiradores”.
Cansei daqueles que vociferam contra a “instituição oficial” e criam “instituiçõezinhas” paralelas, com a mesma estrutura, mesmo “formato”, mesma liderança… até porque são formados pelo mesmo tipo de problema da “religião”: pessoas!
Cansei da “apologética” que nada mais é que um humor nonsense , desprovido de compromisso com a Palavra, sem propostas significativas para o que se fazer “no lugar de”. A estes, cabe a mesma crítica que faço ao liberalismo teológico: destroem sem ter nada para construir depois.” Isto é iconoclastia, e não crítica construtiva! Esses nunca souberam o que é a apologética e envergonham aqueles que nos séculos de cristianismo a fizeram às custas de muito estudo, cuidado e zelo.

Cansei!
Cansei porque mesmo achando a RELIGIOSIDADE um câncer no meio da igreja, entendo a religião como algo inerente ao ser humano, que já nasce com essa “falta”, com esse desejo de se “re-ligar” a algo ou alguma coisa. Bater na religião por causa da religiosidade é como desfazer-se da política, como ciência e realidade de um povo, por causa dos políticos e do mau uso que fazem daquilo que deveria ser bom.
Cansei porque mesmo considerando um absurdo e um abuso o que muitos pastores fazem em relação ao dinheiro, sugando literalmente o suado trabalho de seus “fiéis”, valendo-se de ameaças e maldições para aqueles que não lhes entregam os bens, ainda acredito na liberalidade e na validade ainda para hoje dos princípios de sustento e manutenção da obra através de dízimos e ofertas, como frutos de gratidão e consciência.
Cansei porque mesmo não fechando os olhos para os inúmeros pastores pilantras e suas igrejas alienadas, ainda acredito que haja gente séria à frente de ministérios sérios e que há, SIM, igrejas onde a instituição está a serviço do povo e não o contrário. Acredito que aqui e ali, ainda encontramos gente sincera, honesta e que quer realmente ser igreja, UNS COM OS OUTROS, porque entenderam que NÃO EXISTE IGREJA SEM COMUNIDADE!
Cansei porque mesmo sabendo das imperfeições da igreja local é justamente por isso que entendo a graça manifesta no meio da comunidade, onde há a troca de experiências, o “suportar-se uns aos outros”, onde o defeito do outro não é maior que o meu (antes me ensina e me alerta), e JUNTOS, experimentamos da graça que nos une, perdoa e nos transforma dia-a-dia, na nova criação de Deus, sinalizando seu Reino de justiça e amor, apesar de nossas imperfeições.

Cansei!
Quero fazer diferença onde eu estiver, no meio do povo, sem pensar que “me excluindo é que consigo realizar o que Cristo quer”. Isso não existe.
Repito: Só há cristianismo ou “evangelho do Cristo” como preferem os puristas, na vida em comunidade, porque mesmo Deus desconhece a solidão, e existe em comunidade: a trindade! Quando dizemos que podemos viver a vida do Cristo sozinhos, ofendemos a Deus e sua unidade na diversidade trinitariana.
Cansei, mas minhas forças se renovam ao ouvir gente como Ed Rene Kivitz, Ricardo Gondim, Carlos Novaes, Ricardo Barbosa, Valdir Steuernagel, Robinson Cavalcanti, entre outros… que mesmo reconhecendo a fragilidade (e acho que essa fragilidade é boa) e os defeitos da instituição, a criticam para mudá-la, colocando-a no devido lugar, como serva das pessoas que se reúnem e não como senhora de seus desejos e caprichos.
Àqueles que criticam por criticar… que “cansaram”, mas estão “descansando em seu cansaço”, perdoem-me… cansei de vocês!

José Barbosa Junior
Rio, 07 de junho de 2010

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Amargurados (Mt 11.28-30)

A vida é muito cruel em diversas vezes, vem repentino, não escolhe o momento para nos colocar em situações complicadas, dolorosas, angustiantes. Por muitas vezes esses momentos difíceis nos leva ao mais fundo poço do desânimo, da falta de sentido. A dor e a tristeza são os acompanhantes nessas ocasiões.
Sabemos que a vida é assim, ela desgasta, machuca, cansa. Inúmeras vezes essas situações leva-nos a sermos pessoas amargas, desgostosas com a vida. Lembro-me de Noemi (sogra de Rute), quando já tinha perdido seu marido, depois seus filhos e ficou abandonada. Perdas e mais perdas de pessoas tão queridas, amadas, e muito importantes. O desgosto pela vida a toma e a faz afirmar que não mais a chamassem de Noemi, mas de Mara (ou seja, amarga).
Perdeu tudo que tinha, o que lhe restou foi a amargura de viver. É genuíno se sentir triste, desanimado, frustrado. Nos sentimos assim, quando perdemos alguém querido, ou algo que tanto gostamos. A dor da perda é terrível, é um gosto amargo constante, perda é sempre perda e dói. E você possivelmente tenha passado por vários momentos desses. E parece que aquilo que ficou foi simplesmente a amargura, o rancor. Os dias são enfadonhos.
Você ainda guarda consigo toda essa dor. A tristeza está ai dentro latejando, sempre lembrando que você já sofreu. Talvez você ainda não tenha chorado o suficiente, não tenha colocado tudo para fora, e tem coisas ai ainda. Quero te dizer que mesmo que você tenha passado por situações cruéis, você não precisa deixá-las ditar quem você deve ser, e como deve viver. Você não pode viver amargurado por causa da vida que você levou, ou que está levando. Tem todo o direito de sofrer, mas saiba que não precisa viver sofrendo.
Quando Jesus disse venham a mim todos que estão cansados e sobrecarregados (Mt 11.28), Ele estava falando para as almas feridas, desiludidas com a vida, AMARGURADAS. Perceba que Jesus reconhece que existem pessoas cansadas da vida, que carregam fardos muito pesados, fardos que nunca precisariam carregar. Ele entende você. Sabe também o que é perder.
Vamos até Jesus para encontrarmos alívio para nossas almas, pois quando nos encontramos com Cristo, Ele tira o fardo que estamos carregando, e então precisamos decidir:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).
1-      Tomar Seu Jugo (11.29,30)

Jesus quer tira o nosso fardo para encontrarmos o alívio de uma vida desgastada, conseguimos respirar, mas o que precisamos fazer é decidir não mais carregar o nosso fardo, mas sim o de Cristo. Ele da a escolha, pode ficar com o seu ou pegar o Dele que é suave e leve. Deus não está falando que vamos viver uma vida de sossego, mas está dizendo que não precisamos carregar fardo exagerados, pois o Dele é o melhor que podemos carregar.

Ele quer livrar nossa vida dos fardos e jugos pesados. Das dores que consomem, angústias sempre presente, Ele quer dar algo bem mais leve. Pois Ele sabe que sofremos, mas não quer que vivamos sofrendo. Sabe que passamos por momentos bem difíceis, mas não quer que carreguemos isso pelo resto da vida.

2-      Aprender Dele (11.29)

Podemos até decidir carregar o jugo suave de Cristo, mas é muito provável que não saberemos como carregar e se estamos acrescentando. Precisamos aprender com Ele, pois não entendemos a vida como Ele que a inventou e entende muito bem. Também nesse processo vamos experimentar o ensino de um Deus gentil e paciente. Deus quer nos ensinar a viver de uma forma proveitosa, ensinando a lidar com a vida e com os problemas que acompanham.

Não podemos deixar as dificuldades da vida ditar quem devemos ser e como devemos viver, precisamos ir até Cristo para encontrarmos descanso para nossas almas muitas vezes amarguradas. Encontre descanso em Cristo.

Livres dos fardos e jugos pesados!
Deus abençoe!